terça-feira, 23 de abril de 2013

Charles Chaplin se descobrindo


Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!
Charles Chaplin

10 lições Gandhianas

1. Mude a si mesmo "seja a mudança que quer ver no mundo" 
2. Você está no controle "ninguem pode me machucar sem minha permissão" 
3. Perdoar e deixar passar "olho por olho e o mundo acabará cego"
4. Sem ação você não vai a lugar nenhum "uma grama de prática vale mais que toneladas de pregação" 
5. Cuide deste momento " eu não quero prever o futuro. tomo conta do presente. Deus não me deu controle sobre o momento seguinte." 
6. Todos são humanos "não é sábio ter certeza de sua sabedoria. é saudável ser lembrado que o mais forte pode enfraquecer e o mais sábio pode errar." 
7. Persista "primeiro eles te ignoram, ai riem de você, ai lutam com você, ai você ganha."
8. Veja o lado bom das pessoas e ajude-as " o homem se torna grande no mesmo grau em que ele trabalha para o bem de seus semelhantes." 
9. Seja congruente (coerente), seja autêntico, seja seu verdadeiro ser "felicidade é quando o que você pensa, diz e faz estão em harmonia"
10. Continue a crescer e evoluir
" desenvolvimento constante é a lei da vida, e um homem que sempre tenta manter seus dogmas para parecer consistente dirige-se para uma falsa posição "

(Mahatma Gandhi)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Uma pequena paráfrase sobre a morte

Nunca se está mais vivo do que quando se olha a morte de perto.

Vide, por exemplo, a montanha-russa, saltar de paraquedas e assistir TV. São experiências que proporcionam propositalmente a sensação de quase morte e renascimento (a última somente por vontade própria, ao se desligar a mesma). Quando se atinge o clímax, seus sentidos se afloram e você passa a enxergar o mundo, como um novo espectador, onde tudo é novo e tudo é interessante.

Escrever para ninguém


Na escrita eu talvez encontre aquilo que não me procura, senão sob efeito de alucinógenos ou de sonhos muito sonhados. E não é diferente em casos em que se escreve ao relento. Talvez, um dia, essas palavras atinjam algum leitor desamparado e perdido, pois não é minha intenção a divulgação de tais ideias sem ideais, tão impertinentes que se presas em minha cabeça hão de causar um colapso mental. Não, senhores (me refiro aos elétrons que recebem essa descarga de palavras ou talvez o ar), minha intenção é escrever para ninguém. Não desejo escrever para mim, pois eu não preciso ler o que eu mesmo já penso, só preciso expurgar isso de alguma maneira e, como não há amigos hoje em dia que se disponham a ouvir, escrevo ao universo, que com certeza plena é meu amigo e há de me entender e entreter, ou então me reverter, para que lotado de metafísica, eu possa morrer.
Caso somente o eco carregue essas palavras, desejo então que ecoe para longe de mim, que já não suporto negligenciar o desejo do meu escritor. Talvez essas palavras sejam rudes, desconexas, mal formatadas, mal pensadas ou até mesmo contraditórias, mas é o melhor que posso fazer. Mas a boa parte de se escrever para o ninguém compensa minha falta de talento nessa arte que admiro tanto: Ninguém não julga e entende que faço o que faço por um bem maior e procura absorver as ideias por detrás de palavras não bem vestidas para uma festa de gala.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Sensualizando a Morte

Recebeu uma visita inesperada, deitado em seu leito contemplando as estrelas do teto. A dita cuja trazia consigo uma vassoura na qual jazia amortecida uma lâmina curvada, ao menos assim lhe pareceu na sua mais libidinosa visão. Vinha toda de sobretudo, no estilo mais gótico de Gothan City. Excitado e sem palavras, já milaborando mil fantasias com a faxineira excêntrica, só pode descrever sua animação com um movimento do dedão mindinho do pé. Fazendo movimentos para frente e para trás, em tom de mostrar todo seu charme, não conseguiu chamar a atenção para o que tanto lhe aprazia. Como que a bela dama se aproximava, e por íncrivel que pareça não mostrasse o rosto, não podia compreender tão surdina aproximação, mas como um bom homem cujas faculdades mentais se voltam somente para o desejo mais primitivo do homem, ainda mais quando os prazeres da carne não são satisfeitos por um período maior que uma semana, fechou os olhos para receber o tão aclamado gosto do beijo inferior, pois assim sua ida ao céu seria feito de primeira classe. Porém, ao abrir os olhos, viu que seu desembarque era no vazio do infinito. Visto que seus movimentos voltaram, ao menos se alegrou por poder se saborear novamente.

Enquanto pensava no trono..

Em um universo paralelo onde espelhos não existem.

Sobre a prolixidade


Não há muito a se dizer sobre aqueles que dizem tudo, pois tudo já disseram e nada restou para que seja novo o dizer, somente que roubam o mundo e são uns egoístas e surdos enquanto suas bocas não se calam. Não se enganem com a parada, serve apenas para recarregar mais um despejo sem controle de falas absurdas e mal emolduradas. O melhor a se fazer nesses casos é escutar pelos olhos e deixar que os ouvidos captem qualquer outro som, que não seja o do locutor desenfreado.

Sobre o eterno retorno de todas as coisas


Tudo é cíclico, encerra seu período iniciando outro, mesmo a morte desencadeia situações que só seriam possíveis graças à mesma. Tudo o que foi será, e tudo que será um dia irá, para que possa voltar e no vício de nunca parar, há para sempre ficar.

A obra prima de João


João, pelo seu nome nada composto ou complexo, queria se afogar, mas como mar não tinha ali, no deserto da solidão da vizinhança, sua última opção era mesmo se enforcar. Como que vivia numa casa sem teto e sem nenhum suporte, sem mobília nem paredes, não havia jeito fácil para trepar em algo e deixar a queda tomar conta da corda que por sua vez iria prendê-lo no mundo dos mortos. Lembrou-se então ele do único presente que havia recebido em vida, de uma criança de uns 5 anos que o havia visto outro dia pedindo esmola, como sempre. Uma dúzia de balões, que no momento foi completamente inútil e só veio para lhe frustrar a alma, mas algo lhe disse que aquilo seria útil. E ali, no canto, amarrados a uma única corda de barbante, e esta presa por um simples nó no chão duro e frio de Pitangui, jaziam os balões que lhe salvariam da vida. Não houve sequer hesitação naqueles milésimos de segundos quando seus olhos caíram sobre a dúzia de cores voadoras e cheias de um gás com nome de gente. Apressou-se em correr, pois agora que a consciência tomou conta dos balões, os mesmos poderiam como que num átimo perder toda sua magia e esvaziar-se, levando assim a última chance de dar um oi para morte. Desamarrou-os. As mãos tremendo tanto que seria possível alardear os moradores da proximidade, se houvessem moradores na proximidade. Prendeu o fio dos balões sob uma pedra (muitíssimo pesada por sinal), suas mãos trabalhavam com maestria, como se o propósito de uma vida nada agradável fosse preparar o próprio escoamento da vida, e logo improvisou dois laços, separando-os para que um ficasse amarrado ao solo e o outro aos balões. Toda essa grandeza passeava pelos seus olhos que incrivelmente captavam todos os detalhes daquela única e última apresentação. Tendo a certeza de que pelo menos assim ninguém jamais morrera, e seria o único enquanto vivo capaz de realizar tal feito, e isso o enchia de glória, até mesmo dando vontade de aproveitar o último fio de vida, mas era uma vontade passageira já que a morte era inquestionável para o seu maior feito em terra.
No barbante dos balões, ainda presos, estava o outro laço, que seria passado pelos pés, e agora isso haveria de ser feito com extrema cautela, visto que, se os balões escapassem e ele não houvesse prendido seus pés, poderia causar uma tragédia, o deixando vivo e inexistente para todo sempre.
Uma hora se passou até que estivesse o laço firme e preso em seus pés, o pescoço já devidamente enforcado e solto, preso à corda no chão. Agora bastava soltar o peso que prendia os anjos celestiais que o levariam ao céu. E assim sucedeu, e como esperado, a mão do diabo não deixou que os anjos cumprissem sua missão, impedidos de alçar voos maiores, e possibilitando ao nosso querido João, um último segundo de vida para que o sorriso viesse uma vez preencher sua face. A vida agora fazia sentido e, nesse momento, o Ex-João jazia morto, enforcado ao contrário.

Placas no limite do Universo

Gostaria que esse pensamento fosse meu, talvez o seja em uma realidade paralela, mas por enquanto faz parte de uma confabulação entre Roland de Gilead e o Homem de Preto, diretamente do livro "O Pistoleiro":

"Se você recuasse para o limite do universo, será que encontraria uma cerca de madeira e tabuletas dizendo SEM SAÍDA? Não. Talvez você encontrasse algo duro e arredondado, como o pintinho deve ver o ovo do seu interior. E se você atravessasse a casca beliscando (ou encontrasse uma porta), não poderia jorrar, nesses confins do espaço, uma incrível luz torrencial através da abertura? Você não poderia olhar por ali e descobrir que todo o universo é apenas parte de um átomo numa camada de relva? Não poderia ser levado a pensar que, ao queimar um graveto, você está incinerando uma eternidade de eternidades? Que a existência não avança para um infinito, mas para uma infinidade deles?"

Enquanto colhia batatas..


Em um universo paralelo onde amar é humano.

Filosofia do ermitão nômade

Gosto muito desse estilo de vida, que pretendo um dia ainda adotar, mesmo que temporariamente:

Macacos escrevendo livros

Parece até que nesse estado moribundo, meditativo e dormente, minha cabeça está mais apta a funcionar em primeiro plano e não é necessário grandes pausas para o pensar incessante e insolente. Se eu deixar é capaz que saia um livro sob meus dedos, que a propósito parecem ter sido tomados por micro macacos ambulantes cada um, pois funcionam com tanta perfeição. “Estamos jogando um xadrez, Sr. Bruno, não nos interrompa”, foi o que ouvi de um deles enquanto fui pegar na gaveta a cueca de azevinho que tinha um pouco de mancha de vinho branco misturado com pó de tang e cocaína, até que o gato apareceu, cheirou e latiu desenfreado num pinote. Ninguém mais na face da rua da vila ouvira falar dos gritos do nosso gato que late. E agora, o gato supremo tem de dizer boa noite e fechar suas escritas para visitas, ficar a sós com os pensamentos sem sentido e apagar completamente, nu, molhado, com as mãos atrás da nuca se massageando.