sábado, 19 de abril de 2014

Massa Escura com um final clichê

Vou fazer um som no barulho
Algo como um grande maduro
Oi, eu disse meio assim,
Meio assado,
Meio envolvido na aglutinação do ar
Pára! O que eu quero é continuar
E não parAr
HoiHei, eu sou um grande Timóteo
Que encontrou no inferno a saída
Para um grande problema
Pra que ser feliz com soluções
Se eu posso ser feliz com situações
Má resolVidas
Como um pássaro num galho
Esperando a formiga subir
Toda extensão da grande
Árvore
Eu fico aqui, esperando..
Um hiato de silêncio
Mas para escrever é melhor
Uma grande bateria de barulhos
Revolucionários
Tênis sem nó!
Caras sem rugas! Vidas sem problemas..
Pra quê? Hei, bora ser humilde
Rastejar entre paredes, esperando sua vez
Pra atravessar aquele grande farol
De uma avenida vazia
Que triste.
Faltam horas para esses grandes tabus.
Encontro-me numa tabuleta
Pré-destinado a nunca ser
Dois mais dois igual a cinco
E sim seis
Porque multiplico
Ao invés de somar.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ode à Lua Sangrenta

Na noite da lua sangrenta eu acordei
Nunca acordo durante à noite
Algo pairando no ar
Na noite mais que Dela.

Todo o céu era vermelho,
Vermelho Sangue, Vermelho Vivo
Pensamentos e Lembranças
Vermelhos, Viscosos
Tinha medo, sangue, uivo, calamidade, histeria.

O próprio Mal tecendo o Ar
Marionete de suicídio Global
Senti inspirações tocantes aos mestres do Terror
Capaz de escrever um livro com tinta de Sangue
Se no chão frio lá fora me deitasse
Num estado de possessão
Escreveria uma ode ao Caos
Com os límpidos dentes de Belzebu.

Tentei alcançar a Lua com meu olhar
"Você não deve passar"
Camada com vida própria
Sopro do Diabo com hálito de carniça
Impede tudo vivente de passar.

Consciente do meu despertar
Inconsciente da origem do chamado
Muitos com o desejo de olhar
Ela, que sempre esteve lá,
Agora vestida para matar.

Caminhando no escuro, com cuidado
Como que para não acordar o grande espírito
Jazido morto (?) na casa de todos
Guiado pela respiração gélida do vento
O Tempo cavalgando para trás
Eu a duras penas para frente.

Tudo era falso, era Morte,
Era suicídio e era Bom
O fim da Era
Natureza na Limpeza e Reciclagem
Naturalmente.

Sorrindo, Ela me benzeu
Com lágrimas chorosas
Para pesar mais efeitos
Que causas

A fim de certificar minha insanidade
Dei uma última olhada lá fora
Só pra garantir
Que o Terror estivesse mesmo instaurado.