segunda-feira, 24 de junho de 2013

Procura-se matador de tela azul

"Microsoft pagará até R$ 300 mil para quem achar falhas em seus softwares" - Notícia publicada em algum jornal e replicada em todos os outros.

Jobs era um menino de pele grisalha e cabelo bronzeado, raquítico e torneado, devido à recomendação de seu veterinário de que surfasse nos ônibus 6 horas ao dia. Certo dia, quando acorda, o vento bate em seu cabelo e o lembra de não ter fechado a janela, ao ir interromper a marcha pelo direito de ir e vir do vento, Jobs tem uma súbita vontade de mexer no computador, porque aparentemente a janela lhe lembrou Windows, que por sua vez lembrou Microsoft, que por sua vez o lembrou da tela azul.
Completamente revoltado pela imagem da tela azul aparecer e ficar em sua mente feito manifestante em dia de feira, que senta e fica sem água por sete dias até que lhe vendam a mandioca a 3 reais e não mais que isso, Jobs sente a necessidade de mudar o mundo e causar uma revolução na era da informática informativa.

Decidido e compenetrado, abre seu laptop em meio a tantas parafernalhas computadorizadas, que de tanto usadas já eram até uma extensão de seu corpo, e começa a teclar loucamente como em filmes americanos. É possível visualizar faíscas pela quantidade de letras por nanomicrosegundos que ele consegue atingir e isto assusta Bill, que acorda e vê aquela fogueira que espalha letras nas labaredas. Bill consegue enxergar ali um garoto que está abusando de seu sistema e vê nisso uma ameaça. Veste sua calça de seda apertada e parte para a guerra armado de um jogo de vídeo game ultra viciante e mais alguns condimentos caloríficos que elevam a gordura ao nível de horas que ele passa jogando.

Ao chegar na casa de Jobs, Bill o encontra morto, engasgado com uma das teclas, que por coincidência era o "delete". Bill se desespera e vai olhar a tela do rapaz. Nela estava escrito "Você chegou ao fundo do poço, para ir mais longe e decifrar o grandioso mistério da tela azul, você precisaria de um exército de um milhão de crianças chinesas de 11 anos. Saia daqui, pinguim".

Bill conclui que a morte veio ao tentar elucidar o que o grande mestre queria dizer com um milhão de crianças chinesas, aparentemente era um poderoso anagrama e ele não cai na armadilha de tentar desvendá-lo e imediatamente chama as forças armadas, oferece uma grandiosa recompensa para quem descobrir o veneno que saiu do próprio criador numa cria com o sistema operacional, resultando na charada perfeita.

Felizmente a china possui chineses o suficiente para acalmar o mundo e ainda há uma esperança para a população que aqui se encontra e deseja usar o windows de janela aberta.

domingo, 9 de junho de 2013

Sombras junto ao poste

Esse meu grande engano em acreditar em planos que vão durar pra sempre até que a platéia saia com as retinas cansadas vai durar pra sempre, pois não quero ficar dependente exclusivamente do humor que mais desce do que sobe, nessa montanha-russa. Se eles não fossem tão loucos, e se eu não fosse nenhum pouco liso, quem sabe, um dia, a atmosfera pudesse criar um clima capaz de nos conectar. Talvez, se o mundo desfocasse, se o roteirista dos grandes planos fosse demitido. Quem sabe ser protagonista seja uma boa opção. Ficar sob o foco de luz, atrair opiniões que divergem mais que crentes e descrentes em religiões, porque de louco todos tem um pouco, mas eles insistem em compartilhar através de conversas nada agradáveis que nunca levam além da cerca que rodeia o jardim das cerejeiras dos grandes súditos, defendidos pelos seus escudos de platinum, redondos e transparentes. E nesse momento eu só fico como espectador.
Eu posso ser sempre seu televisor, o nariz que enfeita o seu rosto ou aquela pinta que dá um charme e atraí olhares de fotógrafos que podem te levar para as capas de uma revista do nível cultural de pessoas monossilábicas, musicalmente falando.
É só você querer. É só eu querer. É só nós querermos. Juntando o pretérito do passado imperfeito com a perfeição do presente indomável.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Enquanto me olhava nos múltiplos espelhos infinitos do cabeleiro...

Num universo paralelo onde coçar o saco é uma forma de cumprimento.

Amor à primeira vista

Quando te vi, senti teu cheiro e fui enfeitiçado pelo brilho do teu olhar, logo imaginei você no banco de trás da minha combi, amordaçada e gritando de terror.