Ideias e blasfêmias de um protótipo de Neandertal, nascido e criado no beco de um bar na Rússia, que só fala português por mera questão do acaso.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Sensualizando a Morte
Recebeu uma visita inesperada, deitado em seu leito contemplando as estrelas do teto. A dita cuja trazia consigo uma vassoura na qual jazia amortecida uma lâmina curvada, ao menos assim lhe pareceu na sua mais libidinosa visão. Vinha toda de sobretudo, no estilo mais gótico de Gothan City. Excitado e sem palavras, já milaborando mil fantasias com a faxineira excêntrica, só pode descrever sua animação com um movimento do dedão mindinho do pé. Fazendo movimentos para frente e para trás, em tom de mostrar todo seu charme, não conseguiu chamar a atenção para o que tanto lhe aprazia. Como que a bela dama se aproximava, e por íncrivel que pareça não mostrasse o rosto, não podia compreender tão surdina aproximação, mas como um bom homem cujas faculdades mentais se voltam somente para o desejo mais primitivo do homem, ainda mais quando os prazeres da carne não são satisfeitos por um período maior que uma semana, fechou os olhos para receber o tão aclamado gosto do beijo inferior, pois assim sua ida ao céu seria feito de primeira classe. Porém, ao abrir os olhos, viu que seu desembarque era no vazio do infinito. Visto que seus movimentos voltaram, ao menos se alegrou por poder se saborear novamente.
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