Ideias e blasfêmias de um protótipo de Neandertal, nascido e criado no beco de um bar na Rússia, que só fala português por mera questão do acaso.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Macacos escrevendo livros
Parece até
que nesse estado moribundo, meditativo e dormente, minha cabeça está mais apta a
funcionar em primeiro plano e não é necessário grandes pausas para o pensar incessante
e insolente. Se eu deixar é capaz que saia um livro sob meus dedos, que a
propósito parecem ter sido tomados por micro macacos ambulantes cada um, pois
funcionam com tanta perfeição. “Estamos jogando um xadrez, Sr. Bruno, não nos
interrompa”, foi o que ouvi de um deles enquanto fui pegar na gaveta a cueca de
azevinho que tinha um pouco de mancha de vinho branco misturado com pó de tang
e cocaína, até que o gato apareceu, cheirou e latiu desenfreado num pinote.
Ninguém mais na face da rua da vila ouvira falar dos gritos do nosso gato que
late. E agora, o gato supremo tem de dizer boa noite e fechar suas escritas
para visitas, ficar a sós com os pensamentos sem sentido e apagar
completamente, nu, molhado, com as mãos atrás da nuca se massageando.
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