sexta-feira, 10 de maio de 2013

A maestria de uma despedida

Despedidas são melhores executadas na mata, fechada e vazia, composta por milhares de milhos e árvores tortas. Lá, suas mãos não são vistas, seu eco morre no tronco mais próximo e suas lágrimas são succionadas pela relva. Tudo é verde e nada é pré-conceito, somente há diversidade que difere, que nunca infere uma enorme sobrecarga de felicidade, apenas uma leve sensação de refresco sobre as retinas pululantes. O partir é permitido e muito bem vindo, não há nada que o obrigue a permanecer para sempre com os pés presos na terra. Outras despedidas lhe aguardam, assim como novos bosques anseiam pela sua chegada.

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